Você, enquanto consumidor, já desistiu de comprar alguma oferta em uma loja virtual porque sua apresentação estava ruim?

Falta de informações importantes, conteúdo mal escrito, descrições sem padronização, imagens pouco esclarecedoras, enfim, deixar de cuidar desses detalhes pode prejudicar as conversões nas páginas de ofertas.

Aliás, esses problemas estão diretamente ligados ao cadastro de produtos no e-commerce. Afinal, sem a possibilidade de o consumidor interagir fisicamente com as mercadorias e os vendedores, os conteúdos que descrevem as ofertas terão o trabalho de convencê-lo a comprar.

Portanto, esse processo deve ser feito de forma estratégica. E para te ajudar com isso, mostraremos como você deve cadastrar suas ofertas em sua loja virtual.

Antes, vamos falar sobre como esse processo impacta os seus resultados. Acompanhe!

Qual a importância do cadastramento de produtos?

Aumento de conversões

Como já mencionamos, as informações e dados que preenchem o cadastro de produtos terão o papel de substituir a experiência de compra de uma loja física.

Isso, naturalmente, tem um peso significativo em suas taxas de conversão. Afinal, se uma descrição não sana as dúvidas dos consumidores ou não os convence a comprar, suas ofertas terão mais dificuldades para serem vendidas.

Quando citamos mercados específicos como computadores, peças automotivas e celulares, onde existem atributos, características, o cadastramento é fundamental.

Melhoria na experiência de compra

Como o consumidor tem uma jornada mais autônoma na internet, ele precisa de facilidade para encontrar o que deseja de uma oferta bem-apresentada, ou seja, de valores que o convençam a comprar.

Pense, por exemplo, em um cliente que quer comprar um armário de cozinha, mas, ao visitar um e-commerce e acessar a página da oferta, percebe que faltam fotos da parte interna do produto. Essa é uma falha corriqueira de cadastro e que prejudica bastante a experiência de consumo na loja.

Para lojas de acessórios como bolsas e relógios, o impacto da experiência se alia com o aumento de conversão. Utilizar fotos com manequins por exemplo, ajudam a identificar o tamanho de cada item em relação ao corpo.

Redução nos gastos com logística reversa

Por último, um cadastro completo e padronizado ajudará a diminuir as devoluções de produtos, contribuindo com a economia com a logística reversa do seu e-commerce.

Afinal, pode acontecer de um consumidor comprar um móvel sem ter verificado que a loja não informou o tamanho do produto. Caso a mercadoria não caiba no lugar onde o cliente planejou, ele poderá mandá-la de volta ao e-commerce. Esse é um problema que poderia ter sido evitado se a oferta fosse bem descrita na hora do cadastro.

No mercado de moda por exemplo, a logística reversa acontece entre 20% a 25% dos pedidos realizados, portanto o cadastramento das medidas pode ajudar a reduzir esse número drasticamente.

Como organizar as categorias da loja?

O cadastramento começa com a divisão das categorias e subcategorias e com a distribuição das ofertas entre elas.

A ideia é a mesma de uma loja física: facilitar a localização dos produtos para os clientes. Em vez dos corredores, entram os menus com os grupos de ofertas vendidas em sua loja.

Quando um e-commerce tem um mix mais restrito de produtos, essa organização é mais simples. Por exemplo, uma loja voltada para a venda de ar-condicionado não terá uma divisão tão complicada. Ela pode fazer a sua categorização baseada no tipo de ar condicionado: inverter, split parede, janela entre outros.

Aqui vale um ponto de atenção: não confunda categorias com características de produtos.

Categorias são agrupamentos de produtos similares, agrupando diferentes características.

As características, também conhecidas como atributos, são um formato de separar os produtos que estão dentro de uma categoria, facilitando o cliente principalmente com filtros.

Identificar se estamos falando de uma categoria ou um atributo depende de muito conhecimento dos produtos que estão sendo vendidos, mas lembre-se que em geral atributos são característica onde ajudam o cliente a filtrar por uma ou mais características, após selecionar o produto que deseja.

Criar poucas ou muitas categorias de produtos?

Agora, imagine os e-commerces varejistas que vendem diversos tipos de produto. O desafio para eles é criar um caminho claro e curto para o público encontrar o que precisa.

Muito se recomenda agrupar os produtos em poucas categorias para fazer as pessoas não demorarem para descobrir para onde devem ir. No entanto, os principais players do varejo eletrônico no Brasil adotam uma postura contrária.

Se você analisar a árvore de categorias de lojas como Casas BahiaWalmart e Americanas, notará que eles exibem dezenas de departamentos em seu menu principal.

Mas qual a razão para isso? É que poucas divisões podem tornar a busca muito genérica para o público. Por exemplo, nomear uma categoria de “tecnologia” não representa muito a intenção dos consumidores.

As pessoas não querem comprar “tecnologia”. Portanto, é mais fácil criar várias categorias principais para “games”, “câmeras”, “smartphones” etc.

Ser mais específico encurta o caminho dos visitantes e vai ao encontro dos seus interesses de compra.

Uma dica é sempre criar no máximo até 2 níveis de categorias. Portanto para uma loja de moda poderíamos ter: Masculino -> Bermuda -> Praia. A partir daí, o interessante é seguir com os atributos: tamanho, cor, tecido etc.

Agora, se você está na dúvida se adiciona um novo nível, no nosso caso, praia, sempre analise a quantidade de itens que cada uma das categorias terá. Somente crie uma nova categoria se a nova possuir pelo menos 20 itens e se a aplicação de um filtro retorno pelo menos 5 produtos.

Caso isso não aconteça, provavelmente será melhor agrupar os itens em uma categoria “superior”, pois apresentar uma segmentação com poucos itens complica e frusta o usuário.

Como criar o conteúdo de cada produto?

Quando você se logar em sua plataforma de e-commerce para inserir suas ofertas, lembre-se de preencher os 5 pontos que destacaremos a seguir:

Título

Já no começo, um detalhe importante deve ser avaliado: a nomenclatura do produto. Geralmente, esse nome é o que aparecerá como título da página em que a oferta será promovida e dos resultados de busca para as pesquisas no Google.

Nesse caso, uma dica importante é não generalizar demais o produto. Por exemplo, ao cadastrar uma Smart TV de 40″ da Samsung, descreva mais algumas características da mercadoria no título, como: Smart TV 40″ Samsung LED 40J5500 Full HD com conversor digital.

Se quiser, pode até colocar mais detalhes; o importante é diferenciar a oferta o suficiente para ela se destacar em sua loja e facilitar a busca do público.

Descrição

Após o título, deve-se descrever o produto e os seus benefícios. Aqui, é o momento de passar aquele discurso de vendas para as palavras.

Trata-se de uma descrição comercial e consultiva da oferta, ou seja, é um conteúdo que vai além de informar as características técnicas.

Por exemplo, se você tem um e-commerce moda feminina e está cadastrando uma calça jeans, mostre como ela pode ser útil para as suas clientes. Fale sobre como o produto pode ser usado em ocasiões informais; que possui um material mais resistente às lavagens; que segue uma determinada tendência.

A ideia é usar a descrição para eliminar as objeções do público. Para isso, coloque-se no lugar de um cliente comum da sua loja e imagine os critérios de avaliação que ele usaria para decidir se compra um produto ou não.

Detalhe importante: evite copiar e colar os conteúdos produzidos pelos fabricantes. Eles já são usados por outras lojas e o seu uso pode configurar em conteúdo duplicado. Tal prática pune o seu site com perdas de posição no ranking do Google.

Fotos

Pouco adiantará ter uma descrição convincente sem mostrar como é o seu produto. Entretanto, não basta sair colocando quaisquer fotos dele, é bom sair um pouco da caixa.

Assim como a descrição, evite copiar e colar as mesmas imagens do site do fabricante. Em vez disso, que tal você ou sua equipe de marketing fotografarem os produtos?

Dessa maneira, sua loja trará uma visão diferente e particular das ofertas. Aliás, você pode explorar ângulos que os seus consumidores valorizam e que não costumam ser expostos em outros e-commerces.

Vídeos

Os vídeos não costumam ser muito usados para descrever produtos em e-commerces. No entanto, caso sua plataforma permita, eles poderão ajudar bastante sua loja a gerar mais conversões.

Esse formato pode ajudar a reforçar um argumento de venda ou demonstrar o funcionamento de um produto. Por exemplo, sua loja pode exibir um vídeo exibindo a potência e a clareza de áudio de uma caixa de som, mostrar os módulos de um software, etc.

Atributos

Por último, não se esqueça dos atributos técnicos das ofertas cadastradas. O papel deles não é só descrever o produto do jeito que ele é, mas também servir como referência para os clientes compararem as opções analisadas.

Por atributos, estamos nos referindo às cores, matérias-primas, tamanhos, pesos, voltagens e outras características mais específicas, como modelos, validades, conexões e recomendações de uso.

Lembrando que existem dois tipos de atributos, aqueles que são relacionados ao produto, ou seja, características imutáveis do item, e os atributos do SKU (do inglês stock keeping unit, unidade única de armazenagem). Vamos a um exemplo:

Para um smartphone IPhone por exemplo, o atributo de produto é tela touch screen. O cliente não pode escolher se ele quer uma outra tecnologia. Sendo assim, essa é uma característica imutável do produto, um atributo de produto.

Agora um atributo de SKU é uma característica que difere o IPhone, como por exemplo, Cor. O cliente pode (e deve) selecionar qual é a Cor que ele deseja para o seu item.

Seja o mais detalhista possível. Quanto mais bem informado o seu potencial cliente for, mais chances ele terá de fazer essa última conversão no funil de vendas do seu e-commerce.

Percebeu como um simples cadastro de produtos é um processo que, se for bem pensado, pode trazer mais vendas para a sua loja?

A melhor maneira de inserir as ofertas em seu e-commerce é colocando tudo aquilo que descreve o produto, que resolve as dúvidas do público e que elimine as objeções de venda.

Isso sem esquecer de categorizá-los de forma lógica. Assim, quanto mais livre for o caminho até a compra, maiores serão as possibilidades de ela acontecer.

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